Recebi este texto da Abrale e estou participando da divulgação do assunto. Para mais
informações, visite o site da associação clicando aqui. Não só o tratamento é uma questão
séria, mas também o acesso aos exames. O dilema do Pet-scan, por exemplo: é um exame
importantíssimo para o tratamento do Linfoma, mas não é citado no famoso Rol de
procedimentos da ANS, e portanto, não é incluído nos planos de saúde. Dá pra entender?
Em tempo: a ministra já terminou seu tratamento, duas sessões antes do previsto.
Tratamento do Linfoma no SUS: não podemos deixar esse assunto morrer.
Até abril desse ano, quando a Ministra Dilma Rouseff foi diagnosticada
portadora de Linfoma, um tipo de câncer muito mais comum do que se
imagina, as pessoas sabiam pouco ou quase nada sobre o assunto.
Uma pesquisa do DataFolha, realizada em 2008, revela que 66% dos
brasileiros nunca sequer ouviu falar nisso, e dados obtidos pela Abrale só
confirmam as estatísticas: de 895 pacientes em tratamento, 87% não faziam
a menor idéia do que era o Linfoma antes de contrairem a doença.
Apesar do burburinho que se formou em volta do assunto, provocado pelo
diagnóstico da Ministra (e, atualmente, da autora da TV Globo, Glória
Perez), pouca gente faz idéia, por exemplo, que o Linfoma mata mais que 3
mil pessoas por ano, o que corresponde a uma média de 8 pessoas por dia.
Outra informação curiosa, que só quem sofre com a doença sabe, é que o SUS
não possui tratamento adequado para o Linfoma e que a lista de
medicamentos para esse tipo de câncer não é atualizada há mais de 10 anos
pelo gorverno. Além disso, muitos médicos da rede pública desconhecem como
diagnosticar e tratar os pacientes, o que diminui substancialmente as
chances de descobrir a doença a tempo de curá-la.
Em poucas palavras, quem não tem dinheiro para arcar com um tratamento em
hospital particular como, felizmente, está fazendo a Ministra Dilma, acaba
por não ter acesso aos medicamentos mais modernos - como o MabThera - que,
combinados com a quimioterapia, garantem índices muito maiores de
recuperação.
Quando diagnosticado a tempo e tratado com os medicamentos certos, os
pacientes com Linfoma tem 95% de chance de cura.
A esperança é que, quem sabe agora, o governo comece a olhar para esse
assunto com outros olhos e recupere os 10 anos de atraso no tratamento da
doença.
COMO CADA UM DE NÓS PODE AJUDAR
A única forma de ajudar quem não tem como bancar um tratamento particular
a se curar do Linfoma, é divulgando o assunto e ajudando a mobilizar a
população para que ela exija que o tratamento adequado esteja disponível
para toda a população.
A problema é que o assunto, de um mês para cá, começou a cair no
esquecimento. E para que haja uma resposta do governo, precisamos
mobilizar a opinião pública.
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